segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Afronta - Fé + Resistência + Conduta.

Seguindo nossa série de entrevista conversamos com o pessoal do Afronta mais uma banda de São Paulo/Santos, mostrando seu hardcore furioso com fortes influências do velho NYHC e letras muito boas, quem conversou com agente foi o Vocalista Fabiano. "O Afronta é uma banda de hardcore que tem como influências musicais nomes como Strife, No Innocent Victim, Madball, Sick of it All, Figure Four Através de nossas musicas procuramos expor e compartilhar nossos valores, convicções e expressar nossa indignação contra tudo que corrompe, explora e prejudica o ser humano e a vida em geral. No entanto, não vamos levantar bandeiras, nem tão pouco colocar rótulos e muito menos alardear discursos. Afinal, queremos que nossas idéias tenham mais força de expressão nos atos concernentes às mesmas do que em bravatas vazias proferidas de cima de um palco"


1-Olá pessoal fale nos um pouco da trajetória da banda como surgiu, formação, objetivos etc...

R: A banda foi montada pelos irmãos Paulo (guit) e Tiago (bat). Eles ja tocavam em outra banda la em Santos, com uma sonoridade mais similar a Shai Hulud, Strongarm. Queriam fazer algo mais voltado ao hardcore que o Afronta faz e montaram a banda. A atual formação é Tiago (batera), Paulo (guitarra), Fabio (baixo) e Fabiano (vocal). Objetivo é fazer hardcore (e disso se entenda todo o contexto que envolve o hardcore) com e para os amigos sempre.

2-como vocês definem o som de vocês, e quais são as influências?

R: Sei la, talves um hardcore anos 90 com passagens de mosh, ou um mosh com passagens de hardcore anos 90 rssss.

As raizes musicais do Afronta são Strife, Madball, Sick of it All e Downset, ae tem as ramificações a partir dessas raizes.

3-Qual o envolvimento da banda com a cena Straigh Edge? há membros que seguem esse estilo de vida?

R: Acho que nenhum envolvimento, dependendo do que vc quer dizer por envolvimento. Somos amigos de bandas que se rotulam sXe, de pessoas sXe. Eu (Fabiano) sou sXe, mas tenho isso como algo pessoal, os demais não assumem tal postura, mas não bebem, nem fumam, nem usam drogas. Na real acho que quando o sXe deixa de ser uma opção dentro da cena, para se tornar algo que separa a mesma, ele se torna negativo para o hardcore.

4-Algumas letras de vocês abordam assuntos com temas cristãos certo? como é isso pra vocês já que hoje pouqíssimas bandas abordam isso no hardcore?

R: Não acho que temas como perseverança, conduta, justiça, amizade, fé sejam exclusivamente cristãos. Em nossas letras procuramos transmitir e compartilhar nosso valores, os quais consideramos positivos para qualquer pessoa indepentende da opção de crença da mesma.

5-Aproveitando a última pergunta, eu queria saber, Qual a opnião de vocês sobre a intolerância religiosa dentro da cena hardcore?

R: Na há uma intolerância religiosa, há uma rejeição em relação ao cristianismo, visto que outras religiões são bem recebidas (hare krisha, rastafari). Certamente isso se dá pelo fato de que o cristianismo enquanto organização/instituição apresenta uma faceta muito negativa em relação a muitos valores defendidos pelo hardcore, então é completamente compreensivel essa posição do hardcore em relação ao mesmo

6-sobre a cena hardcore brasileira está melhor ou pior? como está a cena brasileira na visão de vocês?

R: É muito grande a proporção dessa pergunta dado o tamanho do Brasil. A gente sabe de locais que tem uma cena mais forte, outros uma cena não tão forte. Ouvimos falar da cena de Londrina e Curitiba, do interior do Rio de Janeiro. Vitória sempre teve uma tradição, assim como Belo Horizonte. A cena está ae em andamento, o filme não acabou. Sempre surgem bandas novas, gente organizando shows, zines, isso é muito bom. Sendo forte, ou fraca, com 100 pessoas, ou com 1000 o que vale é o sentimento hardcore pulsando nas veias. De nada adianta uma cena cheia de gente vazia. 

7-Além da demo com as 5 musicas, vocês tem alguma outra coisa lançada, ou pretendem lançar algum algum outro material?

R: Por enquanto somente a demo. Iamos lançar um split com o Nossas Ruas, mas infelismente acabou não dando certo. Estamos em processo de composição preparando novas canções hardcoreanas, mas ainda não sabemos se vamos lançar um full, um ep, um split.

8-Qual a opnião de vocês sobre as "Crews"? elas ajudam ou atrapalham?

R: As duas coisas, depende do propósito de se fazer uma crew.

9- 5 bandas nacionais e internacionais novas, que vocês recomendam?

R: Nem todas são novas, mas indico

Nacionais: Crossfire, Clearview, Norte Cartel, Nossas Ruas, Final Round

Internacionais: Lonewolf, Trial, Hoods, Reign Supreme, Call to Preserve

10-Sendo melódico, com metal, oldschool etc.. o hardcore é o som da revolução?

R: Tem que ser. Caso contrário não é hardcore.

11-O que o AFRONTA significa para vocês?

R: Que pergunta introspectiva ehehe. Creio que Afronta pra gente é a forma de expressarmos o que é o hardcore, pelas letras, pela musica, pela amizade. Estamos no Afronta não para fazer parte de uma cena, estamos no Afronta porque gostamos de hardcore.

12-Para finalizar eu agardeço a vocês pela entrevista, obrigado. o espaço esta aberto para mandar as mensagens de vocês.

R; A gente que agradece pelo espaço e pela iniciativa de proporcionar mais um meio de comunicação dentro da cena. Isso é sempre bom

Aos amigos agradecemos o carinho e a colaboração, valeu a todos que acompanham, ouvem no myspace, baixam a demo, colam nos shows. Não vou citar nomes, mas quem é sabe.

Aos inimigos, bem são tão insignificantes que nem sei se temos. eheheh


Faça download da demo do Afronta: Afronta - demo

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